Por Maria das Graças Cabral
Diante dos inúmeros conflitos de entendimento, motivados por escritos e/ou opiniões que contradizem a existência de ’colônias espirituais’, nos moldes da narrativa do espírito André Luiz, no livro Nosso Lar, o presente artigo, tratará do Mundo Espiritual, objetivando dirimir alguns equívocos suscitados pelo tema, com base nos preceitos Espíritas.
Não obstante, antes da abordagem do tema proposto, farei algumas considerações, que entendo de relevância, para dissipar entendimentos equivocados.
Inicialmente, observo um grande ‘mal-estar’ que se instala ao se questionar a existência das emblemáticas ‘colônias espirituais“. A razão de tal contrariedade, se dá pelo fato de ser a obra refutada (Nosso Lar), produto da mediunidade do grande e respeitado médium Chico Xavier. Ou seja, a grande legião de seguidores e admiradores do médium, entende que ao se questionar a veracidade das mensagens mediúnicas, em razão da falta de amparo doutrinário espírita, por ’tabela’ se põe em ‘xeque’ a moralidade, respeitabilidade e confiabilidade daquele que psicografou as obras.
Não obstante, antes da abordagem do tema proposto, farei algumas considerações, que entendo de relevância, para dissipar entendimentos equivocados.
Inicialmente, observo um grande ‘mal-estar’ que se instala ao se questionar a existência das emblemáticas ‘colônias espirituais“. A razão de tal contrariedade, se dá pelo fato de ser a obra refutada (Nosso Lar), produto da mediunidade do grande e respeitado médium Chico Xavier. Ou seja, a grande legião de seguidores e admiradores do médium, entende que ao se questionar a veracidade das mensagens mediúnicas, em razão da falta de amparo doutrinário espírita, por ’tabela’ se põe em ‘xeque’ a moralidade, respeitabilidade e confiabilidade daquele que psicografou as obras.
Entretanto, devemos observar, segundo os ensinamentos positivados em O Livro dos Médiuns, que por ser a Terra um planeta de provas e expiações, os Espíritos que aqui encarnam, são imperfeitos e suscetíveis às influências espirituais. Por conseguinte, todos os médiuns encarnados no orbe terrestre, por não serem Espíritos perfeitos, em algum momento de suas vidas e experiências mediúnicas, serão obsidiados, mistificados ou fascinados, como qualquer outro simples mortal. Cabendo ainda ressaltar, da grande complexidade que envolve o processo mediúnico, o qual estamos longe de compreendê-lo em profundidade e alcançar todas as suas nuances.
Conquanto, é inquestionável que Chico Xavier, foi um homem que buscou vivenciar a moral evangélica, tendo utilizado sua mediunidade como instrumento de consolação aos aflitos. Através das cartas psicografadas, trazia notícias do mundo espiritual, amenizando as dores acerbas de mães, pais, filhos(as) e familiares, que vivenciavam a partida de seus entes queridos para o outro lado da vida.
Além de mitigar as dores da saudade, o médium os aconselhava a direcionar suas energias ao amparo dos desvalidos. Quantas casas de caridade foram instituídas e/ou apoiadas por pais e mães, que buscaram consolação na mediunidade de Chico?!. Indiscutível a grandiosidade do seu trabalho de beneficência, favorecendo com a venda de seus livros psicografados, inúmeras instituições de caridade, e a própria Federação Espírita Brasileira.
No que tange a Doutrina dos Espíritos, os problemas vieram com a produção literária dos Espíritos Emmanuel e André Luiz. Até porque, foram as obras dos referidos Espíritos, que levaram Chico Xavier a ser conhecido no Brasil e no mundo como representante do Espiritismo, passando tais livros a serem catalogados pela própria FEB como Obras Complementares da Doutrina Espírita. Hodiernamente, tais exemplares são mais afamados e lidos, que as próprias Obras Básicas da Codificação, havendo uma verdadeira inversão de valores.
Não obstante, vale lembrar que vários ’equívocos’ doutrinários firmados por Emmanuel, foram publicados no livro O Consolador, de sua autoria. Dentre as incorreções, a que ganhou maior notoriedade foi quando Emmanuel defendia a existência das “almas gêmeas”, em total desacordo com as Obras Básicas da Doutrina Espírita. Na oportunidade, foi a própria FEB, quem levantou a questão, em razão do alvoroço causado no meio espírita (J. Herculano Pires que o diga). Diante do transtorno, qual foi o posicionamento de Emmanuel? - Transferiu a responsabilidade para o médium Chico Xavier, que prontamente assumiu o erro.
Destarte, infere-se que, se nas demais obras ditadas pelo Espírito de Emmanuel, ou sobre sua fiscalização e direção, que é o caso das obras ditadas pelo Espírito de André Luiz, - identifica-se claramente inúmeras incongruências com a Doutrina Espírita, das duas uma: ou os referidos Espíritos ditaram entendimentos próprios, embasados em convicções religiosas e filosóficas não espíritas, “mesclando” com princípios espíritas, principalmente utilizando-se da moral evangélica, para disfarçar os seus reais objetivos(?!); ou, todas as incompatibilidades serão de responsabilidade do médium, que transformou ou procurou adequar as mensagens dos Espíritos, às suas próprias convicções íntimas! Duas possibilidades: mistificação ou animismo.
O mais intrigante, é que Emmanuel, que se apresentava como Guia Espiritual do médium, de personalidade autoritária, e de grande rigorismo para com seu tutelado; que se mostrava um intelectual (observemos que na obra O Consolador ele trata das mais diversas áreas do conhecimento humano); estudioso da Bíblia cristã (ditou várias obras voltadas para mensagens e análises de versículos bíblicos); além de se colocar perante Chico, como um mestre e defensor dos preceitos Espíritas, teria “deixado passar” tantos equívocos doutrinários?!
Oportuno ressaltar, que tais incorreções não são sequer questões de grande complexidade, pois quem quer que estude os preceitos espíritas, com seriedade e atenção, facilmente identificará os sofismas. Isto posto, vamos iniciar o estudo do mundo espiritual, com base nos preceitos propostos pela Doutrina dos Espíritos, codificada por Allan Kardec.
É fato que para estudarmos o mundo espírita, devemos abstrair dos conceitos materiais pertinentes ao mundo corpóreo. Como por exemplo, lugares com espaço definido, tangibilidade, ponderabilidade, necessidades e/ou sensações físicas. Não podemos ter por paradigma o mundo corpóreo, para compreender um outro mundo que foge totalmente à materialidade percebida pelos nossos sentidos.
O Espírito em seu processo evolutivo, passa pela encarnação no mundo material para alcançar a perfeição. Cumprida sua missão no plano físico, o Espírito imortal, retorna ao mundo espiritual, o qual “preexiste e sobrevive a tudo”. Nos dizem os Espíritos Superiores que, “O mundo corpóreo poderia deixar de existir, ou nunca ter existido, sem com isso alterar a essência do mundo espírita.” Importante pontuar, que não é pelo fato de o mundo espiritual preexistir ao mundo corpóreo, que este seja uma cópia daquele, como muito comumente se propaga. (LE, p. 85 e 86)
No que tange à “localização” do mundo espiritual, esclarecem objetivamente os Mestres da Codificação, que os Espíritos não ocupam uma região circunscrita e determinada no espaço. Asseveram que “os Espíritos estão por toda parte; povoam ao infinito os espaços infinitos. Há os que estão sem cessar ao vosso lado, observando-os e atuando entre vós, sem o saberdes (...) mas nem todos vão a toda parte, porque há regiões interditadas aos menos avançados.” (LE., p. 87) (grifei)
Observemos, que para tal assertiva, não cabem distorções interpretativas. Os Espíritos Superiores são enfáticos ao afirmar que os Espíritos não ocupam regiões delimitadas na espiritualidade! Infere-se do exposto, que obviamente os Espíritos não delimitam espaços construindo nichos, para se abrigarem, se tratarem, se alimentarem, etc., pois não é assim que ‘funciona’ o mundo espiritual!
Outro aspecto relevante a ser considerado, diante dos ensinamentos acima propostos, diz respeito à ligação psíquica e emocional do Espírito ao mundo material. Nada mais comum, que o relato feito por portadores de visão psíquica, de Espíritos que transitam em suas casas, museus, bibliotecas, ruas, praças, bares, teatros, hospitais, cemitérios, etc., etc. Em contrapartida, muitos outros não sabem onde estão, afirmam estarem cegos, perdidos, imersos em profunda escuridão. Isto porque, são infinitas as possibilidades, do ’estar’ no mundo espírita, dependendo do psiquismo de cada indivíduo.
É fato que o Espírito errante, aspirando por um novo destino, poderá passar longos períodos no estado de erraticidade (no mundo espiritual). E aí asseveram os Mestres da Codificação, que “existem mundos particularmente destinados aos seres errantes, mundos que eles podem habitar temporariamente, espécie de acampamentos, de lugares em que possam repousar de erraticidades muito longas, que são sempre um pouco penosas. São posições intermediárias entre os outros mundos, graduados de acordo com a natureza dos Espíritos que podem atingi-los, e que neles gozam de maior ou menor bem-estar.” Acrescentam ainda, que os Espíritos que se encontram nesses mundos transitórios, podem deixá-los para seguir seu caminho. (LE., p. 234)
À título de esclarecimento, vale pontuar que os referidos mundos transitórios, de superfícies estéreis, se tornarão oportunamente mundos habitados. (LE., p. 236/236-b) Ressalto o entendimento, para que não irrompa a concepção de que as emblemáticas ‘colônias espirituais’, se enquadrem nesta categoria.
Dando prosseguimento aos ensinamentos sobre os mundos transitórios, estejamos atentos à resposta dada pelos Mestres Espirituais, quando Kardec indaga se os mundos transitórios são ao mesmo tempo habitados por seres corpóreos. Respondem os Espíritos da Codificação que, “Não, sua superfície é estéril. Os que os habitam não precisam de nada.” (LE., p. 236-a) (grifei)
Diante da resposta apresentada, mais uma vez legitimamos o entendimento de que o espírito errante não precisa de nada, do que seria imprescindível ao encarnado no mundo material! Não precisa de nada, repetimos. Ou seja, não precisa de casa, alimentação, hospitais, transportes, etc., porque ele agora é ESPÍRITO. Sua condição é diversa, e por conseguinte suas necessidades não serão as mesmas de quando habitava um corpo físico em um mundo material, como já repetimos anteriormente.
Prossegue o Codificador perguntando. - Esses mundos seriam, então desprovidos de belezas naturais? Observa-se que quando Kardec argüi se tais mundos seriam destituídos de belezas naturais, estava certamente tendo como paradigma o que consideramos no planeta Terra como belezas naturais. Ou seja, os nossos bosques, jardins, mares, cachoeiras, enfim, tudo o que encanta aos nossos sentidos na condição de encarnados. Vejamos então o que respondem os Espíritos Superiores: - “A natureza se traduz pelas belezas da imensidade, que não são menos admiráveis do que as que chamais belezas naturais.” (LE., p. 236-b) Outra grande lição dada pelos Mestres da Espiritualidade, quando asseveram que existem belezas, as quais não correspondem ao nosso ‘padrão’ do que é bonito, agradável e perfeito.
Portanto, constata-se que os Espíritos errantes não precisam de florestas, jardins com flores exóticas, cascatas, para se sentirem reconfortados com a beleza de um mundo transitório. Na condição de espírito, a ‘imensidade’ de uma paisagem tem sua beleza própria.
Adiante, mais um questionamento de grande relevância é feito por Allan Kardec, no que concerne ao mundo espiritual, senão vejamos: - Um lugar circunscrito no Universo está destinado às penas e aos gozos dos Espíritos, de acordo com os seus méritos?
Vale observar, que mais uma vez o Codificador interroga da existência de um “lugar circunscrito no Universo”, reservado ao sofrimento, à purgação, ou à felicidade dos Espíritos. Na realidade, Kardec sabia da nossa carência de ‘visualizar’ um lugar definido, com área delimitada, e se possível com endereço certo, para que pudéssemos ter uma noção desse mundo que nos foge aos sentidos. Até porque, céu, inferno e purgatório eram tidos por lugares delimitados no mundo espiritual, fazendo parte da dogmática católica, e aceita pela maioria cristã. Daí, a oportunidade do questionamento feito por Kardec.
Vejamos então a resposta dada pelos Espíritos Superiores: - “Já respondemos a essa pergunta. As penas e os gozos são inerentes ao grau de perfeição do Espírito. Cada um traz em si mesmo o princípio de sua própria felicidade ou infelicidade. E como eles estão por toda parte, nenhum lugar circunscrito ou fechado se destina a uns ou a outros. (...)” (LE., p. 1011) (grifei)
Oportuno ressalvar que de acordo com o dicionário pátrio, o termo “circunscrito“, significa um lugar restrito, delimitado, já a palavra “fechado“, significa encerrado, trancado. Faço, tal ressalva para alertar que os Espíritos Superiores asseveram mais uma vez da não existência de locais delimitados, nem fechados para se vivenciar a felicidade ou a dor no mundo espiritual. Observe-se quando nos é dito que “cada um traz em si mesmo o princípio da sua própria felicidade ou infelicidade”.
Daí, Kardec oportunamente nos esclarece dizendo que: A felicidade está na razão direta do progresso realizado, de sorte que, de dois Espíritos, um pode não ser tão feliz quanto o outro, unicamente por não possuir o mesmo adiantamento intelectual e moral, sem que por isso precisem estar, cada qual, em lugar distinto. Ainda que juntos, pode um estar em trevas, enquanto que tudo resplandece para o outro, tal como um cego e um vidente que se dão as mãos: este percebe a luz da qual aquele não recebe a mínima impressão. Sendo a felicidade dos Espíritos inerente às suas qualidades, haurem-na eles em toda parte em que se encontram, seja à superfície da Terra, no meio dos encarnados, seja no Espaço”.(Revista Espírita. Março de 1865, p. 100) (grifei) Em face de tão claros ensinamentos, mais uma vez encontramos legitimação para contraditar e impugnar, a tese da existência de ’umbral’, ou ‘colônias espirituais’.
A título de esclarecimento para aqueles que nunca leram a obra Nosso Lar, transcrevo o seguinte trecho em que o espírito de André Luiz, assevera que o Umbral “começa na crosta terrestre, sendo uma zona obscura de quantos no mundo não se resolveram a atravessar as portas dos deveres sagrados” (...). (Nosso Lar, p. 79) Acrescenta ainda, que o dito Umbral funciona, como região destinada a esgotamento de resíduos mentais: uma espécie de zona purgatorial, onde se queima a prestações o material deteriorado das ilusões que a criatura adquiriu por atacado, menosprezando o sublime ensejo de uma existência terrena“. (...) “Concentra-se aí, tudo o que não tem finalidade para a vida superior, ressaltando que a Providência Divina agiu sabiamente, permitindo se criasse tal departamento em torno do planeta”. (grifei) (Nosso Lar, p. 79/81)
Já a colônia espiritual denominada de Nosso Lar é descrita pelo autor espiritual como uma cidade de uma beleza impressionante, com “vastas avenidas, enfeitadas de árvores frondosas. Ar puro, atmosfera de profunda tranqüilidade espiritual”. (Nosso Lar, p. 58) Prossegue o autor informando da existência de uma praça no centro da cidade aonde se erguem o prédio da Governadoria, e os Ministérios. As residências ao entorno são ocupadas por funcionários dos Ministérios. Uma outra parte dos conjuntos residenciais que está fora desse circulo é constituída por pessoas ligadas aos funcionários dos Ministérios e podem ser transmitidos a outros de acordo com a vontade de seus proprietários. Além dessas residências, protegendo-as estão grandes muralhas protetoras.
Não obstante, diante dos ensinamentos transmitidos pelos Espíritos Superiores, e codificados por Allan Kardec, não temos como validar, as narrativas acima apresentadas. Vale ressaltar que tais obras seriam aceitáveis como romances de ficção e/ou de natureza espiritualista, mas nunca como uma obra complementar espírita.
É fato que caímos nas malhas do absurdo, em razão do materialismo visceral que nos aprisiona, impedindo vislumbrar um outro mundo, uma outra vida, que não seja nos moldes do mundo material em que vivemos. Fugimos com medo de uma realidade que não aceitamos e/ou não entendemos, e nos escondemos nos sonhos que nos oferecem e nos agradam, por não conseguirmos nos distanciar da materialidade. E assim viajamos e nos perdemos nas utopias.
Não obstante, de acordo com a Doutrina Espírita, quando retornarmos à verdadeira vida, poderemos nos sentir livres, seguros e felizes, tendo a nos recepcionar, nosso Guia Espiritual, familiares e amigos. Como também poderemos estar desesperados, cegos, perdidos em uma escuridão sem fim, profundamente revoltados e infelizes. Tudo dependerá das nossas condições consciênciais, emocionais e psíquicas.
Por fim, asseveram os Mestres Espirituais da Codificação Espírita, que nesse mundo infinito e eterno, que é o mundo espiritual, “os Espíritos estudam o seu passado e procuram o meio de se elevarem. Vêem, observam o que se passa nos lugares que percorrem; escutam os discursos dos homens esclarecidos e os conselhos dos Espíritos mais elevados que eles, e isso lhes proporciona idéias que não possuíam.“ (LE., p. 227). Importante ressaltar, que os caminhos que percorre, não serão se arrastando pelo solo, nem voando como pássaros. Nos dizem os Espíritos Superiores que viajaremos pela força do pensamento e da vontade. E como se dará isso? Como descrever a luz aos cegos? Só vivendo prá saber.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
KARDEC, Allan, O Livro dos Espíritos – 1857. Tradução Ed. Lake, 1995, Herculano Pires
KARDEC, Allan, O Livro dos Médiuns - 1863, Tradução Ed. Lake, 2003, Herculano Pires
KARDEC, Allan, O Livro dos Médiuns - 1863, Tradução Ed. Lake, 2003, Herculano Pires
XAVIER, Chico , Nosso Lar - Ed. Feb, 1944 - 45ª edição
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Esse véu que você levanta, amiga, não desfaz a perplexidade diante da ignorância da nossa realidade. No entanto, desperta, uma enorme vontade de continuar estudando para não chegar à uma conclusão - que acredito não estar pronta - mas, para ter segurança neste caminhar infindo.
ResponderExcluirLuz e um grande abraço.
Maria, aqui é o Ricardo, que escreveu no post sobre colônias espirituais, escreverei como anônimo porque no meu trabalho não entra o google."...ou seja, a grande legião de seguidores e admiradores do médium, entende que ao se questionar a veracidade das mensagens mediúnicas, em razão da falta de amparo doutrinário espírita, por ’tabela’ se põe em ‘xeque’ a moralidade, respeitabilidade e confiabilidade daquele que psicografou as obras" (citação do seu texto). Colocaria em negrito a assertiva "falta de amparo doutrinário espírita" se tivesse como, posto que seria intelectualmente honesto para a blogueira expor que trata-se de uma opinião, já que por outro lado muitos outros tantos que não são ignorantes e que são leitores contumazes da obras básicas "opinam" que tem ampro doutrinário sim, como eu mesmo fiz lhe citando a questão 278 do Livro dos espíritos no post sobre a colônia Nosso Lar. Quero lhe dizer Maria que não me incmodo nem um pouco que manifestes através dos seus textos sua contrariedade com aqueles que põe a obra do espírito André Luiz lado a lado com as obras básicas. Também me incomodo com o igrejismo, com a ingenuidade que não raciocina. Isto é uma coisa. O que incomoda a mim sim nos seus textos é sempre a sutileza das palavras que envolve quem lê de tal maneira que sugere que somente que tem a conclusão de que as cidades espirituais são animismo do Chico Vavier ou o que seja estão amparados na obras básicas. Os outros não. Bom, segue outro momento do texto que chama a minha atenção: "É fato que para estudarmos o mundo espírita, devemos abstrair dos conceitos materiais pertinentes ao mundo corpóreo. Como por exemplo, lugares com espaço definido, tangibilidade, ponderabilidade, necessidades e/ou sensações físicas. Não podemos ter por paradigma o mundo corpóreo, para compreender um outro mundo que foge totalmente à materialidade percebida pelos nossos sentidos." Não refuto a idéia aonde queres chegar. Pode ser como eu mesmo respondi no post do Nosso Lar que seja um équivoco as colônias espirituais. A crítica é necessária e é válida para algo se construir. Agora, a senhora e tantos outros que refutam as cidades espirituais, pelo menos até onde lembro nunca por outro lado respodem a questões como "Os espíritos se reunem em grupos familiares e por afinidade, os bons com o desejo de fazer o bem, o mal, para fazer o mal (questão 278) ? Onde? No espaço? Pairando no ar? Soam por demais impersonalista tais considerações como se a forma ou a tangibilidade fosse atributo exclusivo da matéria tal qual a conhecemos quando os espíritos dão conta do mundo espiritual sendo matéria quintenssenciada. Forma é igual a matéria, atngebilidade então? Que não seja como André luiz define. Seja. Mas alguma forma deve ter. "Formam grupamentos como cidades" (como é?).Podem estar equivocados os conceitos apresentados por André Luiz. Aos críticos eu pergunto: Então como seria? Ficam os espíritos numa espécie de vácuo e toda a sua vida espiritual, estudos, preparação para novas encarnações se dão apenas na esfera mental, como se todos estivessem conectados numa espécie de matrix? Se assim não é , como o será? Eu não sei, tudo isso me parece terminar em guerra de palavras e de interpretações semânticas. Quero analisar melhor este e outros textos. um abraço!
ResponderExcluirTambém fico a me perguntar como seria a erraticidade. Seria como o CÉU da Bíblia? Os desencarnados teriam asinhas e ficariam voando?
ExcluirApoio totalmente seu posicionamento Ricardo!
ExcluirO próprio Kardec afirma que a doutrina espírita,apesar de se firmar em uma codificação não é obra acabada!
Já se passou um século e meio desde então.
Se podemos questionar a autenticidade mediúnica de um Chico Xavier,os espíritos que traziam as instruções a Kardec,tambem se utilizavam de um homem imperfeito que volta mais tarde para reparar detalhes antes ocultos.
André Luiz é metafórico em muitas questões... não se pode analisar com o olhar simplista dessa senhora
Jan 23, 2012 01:38 PM
ResponderExcluirÉ o Ricardo de novo."Não obstante, de acordo com a Doutrina Espírita, quando retornarmos à verdadeira vida, poderemos nos sentir livres, seguros e felizes, tendo a nos recepcionar, nosso Guia Espiritual, familiares e amigos. Como também poderemos estar desesperados, cegos, perdidos em uma escuridão sem fim, profundamente revoltados e infelizes. Tudo dependerá das nossas condições consciênciais, emocionais e psíquicas. " Livres,, seguros e felizes onde? No nada? na luz? Em pensamento? Nossos guias tem forma? Se sim, o lugar e "aonde eles nos recepscionam" é informe, é feito de luz se nos sentirmos seguros, felizes e livres e de trevas se nos sentirmos inseguros, infelizes e presos? Veja bem Maria, se eu te recebesse, te receberia em algum lugar? Onde? No mundo espiritual! Ok, e ele não tem forma então porque a conclusão é que forma é atributo da matéria? sim, pode não ser como em Nosso Lar, mas insisto na questão 278 do LE. Se reunem em assmebléias , os bons com o desejo de fazer o bem sendo este lugar interditado aos maus para qe ai não pertubvem com as suas más paixões (questão 278) E como fica isso Maria? Eu insisto também que a descrição do espírito André Luiz pode estar longe de ser exata, mas me incomoda a coisa tomar um rumo onde as idéias para mim, minha opinião se aproximam (veja bemm, acho que se aproximam, flertam, não se associam extamanet) com o o panteísmo! Não sei...mas vou ler muito mais do que já leio as obras básicas!
Ricardo, mais uma vez seja bem vindo ao Blog Um olhar Espírita. No que concerne ao lugar de encontro dos Espíritos, das Assembléias. Vc. pergunta onde seriam esses encontros. De acordo com o LE, lugar é que não falta! O encontro poderá ser por exemplo em sua casa em um dia de Evangelho no Lar, ou num templo religioso, ou em um mundo transitório, ou nos diversos mundos que compõem o espaço infinito.Abraço fraterno.
ResponderExcluirOlá amiga articulista, tudo bem!
ExcluirGostaria de informações que ao ler o seu artigo levantou-se algumas dúvidas:
- Em que local estavam estes Espíritos antes de habitarem estes mundos transitórios?
- E outros Espíritos que não estão muito tempo na erraticidade aonde ficam?
- Como podem nestes exemplos citados um Espírito imperfeito ligado (vamos dizer ao planeta Terra) e com os fluidos do seu perispírto perispírito retirado dos fluidos do planeta, irem à estes mundos transitórios e depois retornar ao planeta de suas necessidades reencarnatórias?
- Por que os Espíritos precisam de repouso conforme a questão 234 se ele está na erraticidade por período muito longo, ou seja, desprendido da matgéria, pois se ainda estivesse preso à matéria teria dificuldades(questão 232)?
Templo religioso é mais um mito imposto ao Espiritismo...a casa é local de esclarecimento, onde nos encontramos para descobrir nossas origens.
ExcluirRicardo o meu LE é traduzido por J. Herculano Pires. Vou transcrever a questão 278, pois não corresponde ao que vc postou: 278 - Os Espíritos de diferente ordem estão misturados? Resposta: "Sim e não; quer dizer, eles se vêem, mas se distinguem uns dos outros. Afastam-se ou se aproximam segundo a semelhança ou divergência de seus sentimentos, como acontece entre vós. É todo um mundo, do qual o vosso é o reflexo obscuro. Os da mesma ordem se reúnem por uma espécie de afinidade, e formam grupos ou famílias de espíritos unidos pela simpatia e pelos propósitos; os bons, pelo desejo de fazer o bem; os maus, pelo desejo de fazer o mal, pela vergonha de suas faltas e pela necessidade de se encontrarem entre os seres semelhantes a eles." KARDEC diz: "Igual a uma grande cidade, onde os homens de todas as classes, e de todas as condições se vêem e se encontram, sem se confundirem, onde as sociedades se formam pela similitude de gostos, onde o vício e a virtude se acotovelam, sem se falarem."
ResponderExcluirOBSERVAÇÃO: Ricardo, entenda, a questão 278 de OLE, está tratando única e exclusivamente das "afinidades" entre os Espíritos, pois o mundo que os circunda é a infinidade da criação de Deus. A diferença é que no mundo espiritual, os bons e os maus,convivem no mesmo espaço,ou seja, "o vício e a virtude se acotovelam sem se falarem". Abraço fraterno.
Está claro que está discussão não levará á lugar algum, não nos fará homens melhores, quando muito, mais orgulhosos. A questão 278 postei na íntegra no post sobre colônias espirituais, aqui resumi a idéia central que tenho dela.Poderia argumentar sobre a sua conclusão do que seria a convivência da questão 278, mas teria o propósito único de satisfazer meu amor-próprio. Retiro-me dessa discussão (como de qualquer outra deste teor) vencido, mas vencido pelo meu orgulho que permitiu entrar numa discussão semelhante a levada por estes:
ResponderExcluir"Fariseus (do hebreu parush, divisão, separação). - A tradição constituía parte importante da teologia dos judeus. Consistia numa compilação das interpretações sucessivamente dadas ao sentido das Escrituras e tomadas artigos de dogma. Constituía, entre os doutores, assunto de 'discussões intermináveis', as mais das vezes sobre simples questões de 'palavras ou de formas', no gênero das disputas teológicas e das sutilezas da escolástica da Idade Média. Daí nasceram diferentes seitas, cada uma das quais pretendia ter 'o monopólio da verdade', 'detestando-se umas às outras', como sói acontecer" (O Evangelho Segundo O Espiritismo, Introdução, Item III). Coloco-me entre estes, tendo desperdiçado meu tempo como há muito venho fazendo enquanto os excluídos, deserdados (por si mesmos é verdade) desfilam diante dos meus olhos e os ignoro diligentemente como ignoro a máxima kardequiana de que "Fora da Caridade não há Salvação". Um abraço Maria e paz e bem nos seus estudos e na sua vida!
Ricardo é um prazer tê-lo como participante do Blog Um olhar Espírita, e o nosso objetivo não é fomentar discussões intermináveis, pois formar convicção é algo muito pessoal. No que concerne à questão 278 de OLE, o assunto foi desenvolvido no artigo deste blog intitulado "As Afinidades no Mundo Espiritual". Abraço.
ExcluirEstá correto. Um dia possa eu sentir um milésimo do amor que o Cristo sentiu e sente por todas pessoas. Me daria por satisfeito de deixar esta existência um pouco melhor. Senti um pouco de ternura por você mesmo não a conhecendo e me senti feliz um pouquinho por me sentir capaz. São Paulo foi extremamente feliz e inspirado na sua primeira carta aos Corintios: "Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine.
ExcluirE ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse amor, nada seria.
E ainda que distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse amor, nada disso me aproveitaria.
O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece.
Não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal;
Não folga com a injustiça, mas folga com a verdade;
Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.
O amor nunca falha; mas havendo profecias, serão aniquiladas; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, desaparecerá;
Porque, em parte, conhecemos, e em parte profetizamos;
Mas, quando vier o que é perfeito, então o que o é em parte será aniquilado.
Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, discorria como menino, mas, logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino.
Porque agora vemos por espelho em enigma, mas então veremos face a face; agora conheço em parte, mas então conhecerei como também sou conhecido.
"Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três, mas o maior destes é o amor".
Um abraço forte e fraterno Maria. Que um dia eu possa dizer para você e para toda a humanidade: "Eu amo você"!
O mesmo livro do espiritos afirma que os espiritos na erraticidade constituem familias unidas pela mesma vibração e que no estado de espiritos estudam e progridem, tambem há uma dissertação na revista espirita de 1866 no capitulo das criações fluidicas em que o espiritos Russel (ou charlet) nao me lembro bem diz que "o nosso mundo é que é uma copia imperfeita do mundo espiritual", pergunto se os espiritos podem progredir na erraticidade por que nao fazer isso de forma organizada em uma cidade criada para esse fim? as leis de criações fluidicas permitem aos espiritos criarem paisagens e mesmo predios... é preciso tomar cuidado ao se afirmar que kardec nao menciona as colonias, ele nao as menciona diretamente mas um estudo mais profundo na codificação e na revista espirita levam a essa possibilidade... na epoca kardec precisava estabelecer a doutrina, divulga-la e ao mesmo tempo defende-la sem as facilidades que nos temos hoje entao penso que nao era o momento de aprofundar certos temas... a existencia de colonias nao pode ser antidoutrinaria porque kardec nada menciona temos que encara-la como coisa nova um desdobramento
ResponderExcluirSou honesto em expressar que em nenhum momento, li a respeito das colonias espirituais fora as que foram divulgadas pelo espírito de André Luis.
ResponderExcluirSe existem, porque não temos relatos de outras observações advindas de outras fontes, cuja comparação científica possa ser elaborada e comprovada pela expressão declarada e pela conformidade dos fatos?
Dizer que uma coisa existe por ela só não quer dizer que tenha fundamentos verdadeiros.
Eu só encaro uma "coisa nova" dentro da pesquisa espírita séria se essa "coisa nova" passar pela pedra de toque descrita por Kardec e que posso contar nos dedos a quantidade de "espíritas" que sabem quais são.
A FUNDAÇÃO DOUTRINÁRIA foi um trabalho cientificamente e arquitetônicamente elaborada entre os planos material e espiritual, feito por um conjunto de situações e análises.
Muitos dos materiais foram descartados por Kardec, e muitos destes descartes serviram de obras de estudos nas Revistas Espíritas como sendo materiais impróprios para divulgação ou até mesmo fundamentação do Espiritismo. Não vamos encontrar nenhuma expressão desse tipo (colônias) que possa ser usada como fundamento doutrinário
Espírito não bebe água mágica, muito menos precisa de alimento ou de ônibus para se conduzir de um ponto a outro. Somente a razão pode visualizar isso mais fortemente. Se o espírito necessita (disso), ele está imerso na matéria e de forma ilusionária.
ESPíRITAS, Amai-vos e INSTRUÍ-VOS
Graça, concordo inteiramente com você, vejo essa questão totalmente clara nos livros da codificação....
ResponderExcluirTotalmente clara em relação à não existência das colonias espirituais, já quanto a vida errante do espírito, isso não fica claro mesmo, talvez ainda não tenhamos condição de receber uma descrição de como é esse mundo e formar uma imagem, que é o que queremos.
Esse estado do espirito, em vida errante, se dá muito pelo pensamento, mas não é o ato de pensar, é mixto de subconsciente com mente, talvez pensamento nem seja a melhor palavra.
Por outro lado, voltando ao Ricardo, no fundo, parece concordar com você (conosco), o que ele procura é entender onde é que vive o espirito, com o que se relaciona, onde pisa, rs......etc
Não temos essa resposta na codificação, e, pra mim, com certeza, as colonias espirituais não são essa resposta.
Prezados,
ResponderExcluirAs "colônias espirituais" são abordadas na Codificação, vejam:
"Assim falam, com toda segurança, os teólogos mais tímidos, mais discretos e reservados. Não negam, aliás, a existência no inferno de outros suplícios corporais. Dizem apenas que não possuem conhecimentos suficientes para deles falar de maneira positiva, pelo menos como podem fazer sobre o horrível suplício do fogo e dos vermes. Mas há teólogos mais espertos ou mais esclarecidos que descrevem o inferno com mais detalhes, mais variados e mais precisos. Embora não saibam em que lugar do espaço está situado o inferno, há santos que o viram. Não foram até lá com a lira nas mãos como Orfeu, ou de espada em punho como Ulisses, mas transportados em espírito. Santa Teresa pertence a esse
número.
( ATENÇÃO ) Tem-se a impressão,(IMPRESSÃO) pelo relato da santa, que há cidades no inferno ( CIDADES NO INFERNO ). Ela viu ali, pelo menos, uma espécie de rua comprida e estreita, como tantas que existem nas velhas cidades. Entrou na rua, andando com horror sobre um terreno pantanoso e fétido, cheio de répteis monstruosos, mas teve a sua marcha sustada por um muro que fechava a saída. Nesse muro havia um nicho ao qual Teresa se recolheu, sem saber como isso aconteceu. Era, diz ela o lugar que lhe estava destinado se abusasse, durante a vida, das graças que Deus lhe concedia em sua cela de Ávila. Logo que foi introduzida, com espantosa facilidade, nesse nicho de pedra, viu que não podia sentar-se nem deitar-se, e nem mesmo se manter de pé. Menos ainda poderia sair dali. Esse horrível mundo começou a fechar-se sobre ela, envolvendo-a, prendendo-a como se as faces do nicho fossem animadas. Parecia-lhe que a asfixiavam, estrangulavam e ao mesmo tempo que a esfolavam viva e e a retalhavam em fatias. Sentia-se queimar e experimentava simultaneamente todas as formas de angústia. Nenhuma esperança de socorro. Tudo ao seu redor era trevas, mas através dessas trevas ela ainda percebia, com assombro, a horrorosa rua em que estava alojada, com toda a sua imundície, o que também lhe era intolerável como o aperto da sua prisão." (O Céu e o Inferno, Capítulo IV item 12[parte])
Continuando...
ResponderExcluirO que nos disse Kardec sobre tais "cidades espirituais"? vejamos:
"15 — Pergunta-se como os homens puderam ver essas coisas
em estado de êxtase, se( ATENÇÃO ) elas não existem( NÃO EXISTEM ). Não é este o lugar de explicar a fonte dessas imagens fantásticas, que as vezes se produzem com a ( ATENÇÃO )aparência de realidade ( APARÊNCIA DE REALIDADE ). Diremos somente que devemos ver nisso uma prova do princípio de que o êxtase é a menos segura de todas as formas de revelação, porque esse estado de superexcitação nem sempre resulta de um desprendimento completo da alma, como se poderia crer, e nele encontramos muito frequentemente o reflexo das preocupações do estado de vigília. As ideias de que a mente se nutre e que o
cérebro, ou melhor o invólucro perispiritual correspondente ao cérebro, conserva, se reproduzem e amplificam como numa
miragem, sob as formas vaporosas que se desenvolvem e se
misturam, compondo esse conjuntos estranhos.
Os extáticos de todos os cultos sempre viram as coisas em
relação com a fé a que se apegam. Não é pois de surpreender
que os que, como Santa Teresa se acham fortemente
convencidos das ideias do inferno, segundo as apresentam as
descrições verbais ou escritas e as pinturas, tenham visões que nada mais são, propriamente falando, do que a reprodução dessas ideias, produzindo o efeito de um pesadelo. Um pagão cheio de fé teria visto o Tártaro e as Fúrias, como teria visto no Olimpo o próprio Júpiter tendo um raio na mão 20.
20
Kardec antecipa, nesta maravilhosa explicação, a teoria do
condicionalismo à crença que Charles Richet formularia mais tarde na Metapsíquica e hoje revivida na Parapsicologia. Como se vê, as chamadas novidades parapsicológicas nada mais fazem do que confirmar teses espíritas de há mais de um século, e às vezes de maneira incoerente, contrastando com a explicação espírita, que é sempre clara e precisa. Veja-se este assunto no livro En tos limites de la Psicologia, do prof. Ricardo Musso, Buenos Aires, 1960, no Tratado de Metapsíquica, de Richet, e em Parapsicologia Hoje e Amanhã, de J. Herculano Pires. (N. do T.)",( Idem, Tradução de Herculano Pires)
Continuando(final)...
ResponderExcluirLembramos que todos somos livres para acreditarmos no que mais nos convêm.
Vejam o que nos "reporta" André Luiz em "No Mundo Maior", capítulo 17 - No limiar das cavernas( além de cidades existem cavernas ):
"Ah! já divisara tremendos precipícios, onde entidades culposas se interpelavam umas às outras em deploráveis atitudes; vira chover faíscas chamejantes do firmamento sobre os vales da revolta; descobrira inúmeras entidades senhoreadas por estranhas alucinações em câmaras retificadoras; mas ali...
Estaríamos acaso alcançando a “selva escura”, a que se referira Alighieri, no poema imortal?( REFERENCIAL DE ANDRÉ LUIZ)
Laceravam-me o coração as vozes lamentosas dispersas a se evolarem para o céu de fumo! Não, não eram lamentações apenas; à proporção que nos adiantávamos, descendo ( DESCENDO!), modificava-se a gritaria; ouvíamos também gargalhadas, imprecações.
Estacamos em enorme planície pantanosa, onde numerosos grupos de entidades humanas desencarnadas se perdiam de vista, em assombrosa desordem, à maneira de milhares de loucos, separados uns dos outros, ou aos magotes, segundo a espécie de desequilíbrio que lhes era peculiar.
Não me era possível calcular a extensão da várzea imensa, e ainda que houvesse marcos topográficos, para tal apreciação, o nevoeiro era demasiado denso para que se pudessem computar distâncias.
Percorremos alguns quilômetros em plano horizontal, e, quando o terreno se inclinou, de novo, abrindo outras perspectivas abismais, Irmã Cipriana e os colegas prazenteiramente se despediram de nós, deixando-nos, ao Assistente e a mim, com o aviso de que voltariam a buscar-nos dentro de seis horas.
Abraçando-me, a diretora disse, gentil:
— Desejo-te, meu amigo, feliz êxito nos estudos. Certo, ao voltarmos, receberemos tuas confortadoras impressões.
Sorri, encantado, a tão generosa demonstra¬ção de apreço.
Logo após, Calderaro e eu nos achamos a sós na atra vastidão povoada de habitantes estranhos.
As conversações em torno eram inúmeras e complexas.
Pareceu-me que aquele povo desencarnado» não se dava conta da própria situação, pelo que me foi possível ajuizar de início.
Enquanto densas turbas de almas torturadas se debatiam em substância viscosa, no solo, onde andávamos, assembléias de Espíritos dementes en-xameavam não longe, em intermináveis contendas por interesses mesquinhos.
A paisagem era francamente impressionante pelos característicos infernais (CARACTERÍSTICOS INFERNAIS) que nos circundavam. Notando a displicência de muitos daqueles irmãos infelizes, não sopitei as lucubrações que me surgiam." e no livro "Libertação, CAPÍTULO 4 - Numa cidade estranha", André Luiz nos apresenta a "Cidade Infernal de Gregório".
Parabéns Graça! Mais um belo e esclarecedor artigo. Mesmo não concordando totalmente com a teoria espírita(Kardec) muitos espiritas admiradores de André Luiz têm tido a oportunidade de ler as obras fundamentais e as Revistas, tão desconhecidas ainda da massa dos adeptos. Lêem muitas vezes para refutar, para apoiar as idéias luizinas, mas o importante é que tomam contato com os textos, o que produzirá frutos ao longo do tempo. Sobre parâmetros, os Espíritos nos alertam no Livro dos Médiuns, nº 74, XXIV: "Não podeis compreender a natureza dos Espíritos nem a maneira porque atuam, senão mediante comparações, que de uma e outra coisa apenas vos dão idéia imcompleta, e (chamo a atenção aqui) errareis sempre que quiserdes assimilar aos vossos os processos de que eles usam. Estes, necessariamente, hão de corresponder à organização que lhes é própria." Ou seja, é materializar demais descrevê-los vivendo segundo os nossos processos físicos, pois sua organização é diferente. Indico também o Livro dos Espíritos, perguntas 237 à 257, onde vemos a refutação de mais de metade das teses supostamente espíritas, tão divulgadas hoje. Apenas mais um comentário: de dez espíritas que lêem livros, oito jamais leram os de Allan Kardec, embora tendo lido e relido outros autores. Penso que esse fato, que todos podemos facilmente constatar, explica muito da atual realidade de nosso movimento doutrinário, onde criticar idéias, mesmo que embasado, causa tanto mal estar.
ResponderExcluirHá adeptos da doutrina espírita que dizem que a codificação nada fala acerca de um plano espiritual, limitando-se a chamar de erraticidade o espaço ocupado pelos espíritos desencarnados. Por um lado, de fato, as obras fundamentais do espiritismo não abordam de forma mais detida essa questão. Por outro, trechos como o cap. VIII, Segunda Parte, de O Livro dos Médiuns, intitulado Laboratório do Mundo Invisível, e o cap. XIV, item 3, de A Gênese, são apontados por estudiosos espíritas como indícios de que o codificador entrevia detalhes muito mais complexos do que a erraticidade genericamente entendida, no que diz respeito à localização dos espíritos após a morte. Lê-se, por exemplo, no mencionado trecho de A Gênese:
ResponderExcluirNo estado de eterização, o fluido cósmico não é uniforme; sem deixar de ser etéreo, sofre modificações tão variadas em gênero e mais numerosas talvez do que no estado de matéria tangível. Essas modificações constituem fluidos distintos que, embora procedentes do mesmo princípio, são dotados de propriedades especiais e dão lugar aos fenômenos peculiares ao mundo invisível.
Dentro da relatividade de tudo, esses fluidos têm para os Espíritos, que também são fluídicos, uma aparência tão material, quanto a dos objetos tangíveis para os encarnados e são, para eles, o que são para nós as substâncias do mundo terrestre. Eles os elaboram e combinam para produzirem determinados efeitos, como fazem os homens com os seus materiais, ainda que por processos diferentes.
Lá, porém, como neste mundo, somente aos Espíritos mais esclarecidos é dado compreender o papel que desempenham os elementos constitutivos do mundo onde eles se acham. Os ignorantes do mundo invisível são tão incapazes de explicar a si mesmos os fenômenos a que assistem e para os quais muitas vezes concorrem maquinalmente, como os ignorantes da Terra o são para explicar os efeitos da luz ou da eletricidade, para dizer de que modo é que veem e escutam.
fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Plano_espiritual.
Obs: Já conversei com um espírito de um ex-padre da minha cidade (minha mãe como médium) e perguntei como era o mundo lá, se havia plantas, animais e ele me respondeu que na esfera(plano) em que ele estava, sim, de acordo com a necessidade mental dos habitantes, e que era mais ou menos a mesma coisa só que mais perfeito. Ou seja, ainda existe matéria, ela só tem propriedades específicas daquela dimensão existencial. Os espíritos podem por exemplo, volitar e transportarem-se quase que instantaneamente, mas nem todos estão em condições de fazê-lo, e alguns fazem sem o saber. Por isso para alguns a necessidade de meios de transporte. São mais como um guia do que propriamente uma necessidade material.
Perfeito o texto!
ResponderExcluirQuero deixar a minha opinião sob a questão das colonias espiritais certamente quem questiona a veracidade desta coleção Andre Luiz sob a vida no mundo espiritual ou está dando sua opinião com o conhecimento só dos títulos ou estão inseridos na categoria daqueles que ainda não tem olhos de ver e nem ouvidos de ouvir como nos disse Jesus, para querermos justificar a nossa opinião insinuarmos que Chico Xavier psicografou a coleção a vida no mundo espiritual obsediado e o obsessor seria Andre Luiz não encontramos adjetivos para tal insinuação mais sinceramente gostaríamos muito de ter Andre Luiz nos obsediando pois seria uma imensa satisfação.
ResponderExcluirFico me perguntando se o livro " Nosso Lar " não pode ser como as diversas passagens de Jesus Cristo na terra. Ele dizia parabolas, pois na época nós não estavamos ' prontos ' para entender as mesmas. Hoje grande parte de nós ainda não está... Será o livro nosso lar não é constituido de parabolas que vao alem de nosso entendimento? Abraços
ResponderExcluirTab. acho isso Lucas Castanheira
Excluirhttp://www.ipeak.com.br/site/busca_janela_conteudo.php?sec=roteiro&id=5957&idioma=1
ExcluirEsse áudio é muito interessante e passa a ideia que Herculano Pires fazia de André Luiz. Vale muito a pena ouvir.
ResponderExcluirhttps://www.youtube.com/watch?v=WsBmSDiXtqs
Acho que apenas o título está errado. Deveria ser: "Não concordo com as obras de Chico Xavier, bem como de todos os outros escritores consagrados do espiritismo". Pois, o autor não respondeu como a codificação diz ser o mundo espiritual.
ResponderExcluirO texto, só diz que tanto Chico (diretamente),como Divaldo, yvone,Suely etc. São vítimas de fasCinação, animismo Ou são charlatões.
As guerras religiosas sempre se paltaram justamente pela interpretação dos textos sagrados (sejam eles quais forem de suas religiões) e criarem afastamentos da fé, caridade e,principalmente amor.
Entre Kardec e Chico, fico com Kardec, mas entre Chico e sua interpretação fria de kardec,desculpe, mas fico com Chico, Divaldo e todos os outros
Não quero que ninguém tome por pessoal minhas palavras e proponho q leiam o livro "Aconteceu na casa Espírita". Verão q para afastar seguidores da doutrina, muitos espíritos questionam o q está consagrado como trabalho sério e voltado p o bem e o fazem c o verniz da sabedoria
ABS
Vou comentar logo mais sobre o Mundo Normal primitivo (Q 84 a 87 do Lvro dos Espiritos).Li os comentarios anteriores. Acho pertinente o questionamento sobre as colonias Espirituais como acho pertinente qualquer questionamento em qualquer tempo. Não podemos aceitar as informações sem os devidos cuidados, mesmo que advindo de Médiuns de moral e de vivencia acima da média.
ResponderExcluirNo assunto em pauta não vejo porque não existirem agremiações simpáticas. Não vejo porque não existirem criações fluidicas(ideoplastias)que possam ter o formato de abrigos ou construções ja que estamos falando da materia em suas varias manifestações. Pelo mesmo principio, equipamentos sofisticados podem ser criados e/ou desenvolvidos. Se as formas são como descrito na Obra de Andre luiz, Emanuel, Corina Novelino, Camilo Candido Botelho (por D Ivone A Pereira) ou Emanuel Swendenborg (precursor), ai vai da avaliação de cada um. Imagino que qualquer comunidade deva ter suas leis. Não imagino espiritos se reunindo aleatoriamente, vagando alhures... desse jeito eu preferia permanecer em casa ou na terra.
Hércules, é exatamente por serem como você relatou ao final de seu comentário que os Espíritos contam suas estorinhas.
ExcluirQuando estudamos e nos propomos a comentar sobre Espiritismo, nossas colocações devem ser feitas SEGUNDO o Espiritismo e sem estudo do Espiritismo, ao comentarmos como se tivéssemos conhecimento do que falamos, corremos o risco de sermos desacreditados por nossas próprias palavras. Leia o trecho de texto a seguir, se possível o artigo inteiro e nos prove a utilidade, importância e/ou necessidade das coisas que você defendeu acima, leia:
"Há sensações que têm por fonte o próprio estado dos nossos órgãos. Ora, as necessidades inerentes ao corpo não se podem verificar desde que não exista mais corpo. Assim, pois, o Espírito não experimenta fadiga, nem necessidade de repouso ou de alimentação, porque não tem nenhuma perda a reparar. Ele não é acometido por nenhuma de nossas enfermidades. As necessidades do corpo determinam necessidades sociais, que para eles não existem. Assim não mais existem as preocupações dos negócios, as discórdias, as mil e umas tribulações do mundo e os tormentos a que nos entregamos para suprirmos as nossas necessidades ou as superfluidades da vida. Eles têm pena do esforço que fazemos por causa de futilidades. Entretanto, quanto mais felizes são os Espíritos elevados, tanto mais sofrem os inferiores, mas esses sofrimentos se constituem principalmente de angústias que embora nada tenham de físico, nem por isso são menos pungentes. Eles têm todas as paixões e todos os desejos que tinham em vida (referimo-nos aos Espíritos inferiores) e seu castigo é o de não poder satisfazê-los. Isto é para eles uma tortura que julgam eterna, porque sua própria inferioridade não lhes permite ver o término, o que é também para eles um castigo." Revista Espírita 1859 » Abril » Quadro da vida espírita
Adorei o post. RELATA MUITOS PONTOS REAIS de incongruência entre o ESPIRITUALISMO Chiquista e a Doutrina do Espíritos.
ResponderExcluirInegável, claro, certa contribuição do médium mineiro, embora Erasto tenha deixado claro que "é preferível negar dez verdades a aceitar uma mentira", falando sobre a produção mediúnica em geral, ainda assim talvez possamos encontrar aqui ou ali várias contribuições de significação de Chico Xavier e os Espíritos que se comunicaram através dele, no entanto a "materialização" do Mundo dos Espíritos, além das questões citadas no artigo dos erros ou discordâncias doutrinarias de Emmanuel e mesmo André Luiz, a transformação da Erraticidade e, cidades fpisicas semelhantes às da Crosta, a clara manifestação da "interseção" pelo prestígio nos socorros de uns Espíritos (caso da mãe de André Luiz intercedendo pelo amparo dele, e outros nas obras do mesmo) em detrimento ao esquecimentos de outros que não possuem esse favoritismo, e diversos outros pontos insustentáveis em si mesmo (maçã sobre mesa ao acordar em nosso lar, etc.) deixa claro e patente a necessidade de um estudo mais aprofundado e acurado das obras desse médium, sob a ótica espírita na égide codificação de Allan Kardec.
Infelizmente o movimento espírita brasileiro, herdeiro legítimo das corrente católica principalmente, veem como como comum esse "NOVO PURGATÓRIO" a exprimir-se no UMBRAL.... cristalização coletiva de mentes ainda embotadas pelos dogmas e preconceitos, mas enfim, "...ELES TEM OLHOS PARA VER E NÃO VEEM, OUVIDOS PARA OUVIR E NÃO OUVEM..."
Acredito pelo que estudei e meditei sobre o tema que não há aqui nenhuma incompatibilidade entre as obras básicas e a obra de André Luiz, podemos dizer que as obras básicas são mais panorâmicas em relação ao tema enquanto a obra de André Luiz é mais pontual. Até onde percebi,existe um verdadeiro degradê vibracional,partindo da mais densa matéria (crosta terrestre) até as mais "altas" e sutis regiões astrais não locais pra usar um termo da física quântica,claro que tudo isso coexistindo, no caso da crosta na 4° dimensão (altura largura profundidade e tempo) e além dessa o hiperespaço ou planos espirituais,nirvana,akasha o céu dos católicos etc...Creio que o entrelaçamento de várias tradições,inclusive a científica, nos dará a oportunidade de "tatear" com mais clareza essas realidades.Na condição de espírita, procuro ter a mente aberta na busca de uma verdade mais apurada e procuro ver convergências nas grandes tradições espirituais do mundo. Em relação ao tema,sincermente não vejo nenhuma incompatibilidade nas obras e pra falar e entender sobre esses espaços (há muitas moradas na casa do meu pai) gostaria de deixar uma dica à qual podemos ingressar no entendimento desses "habitats" da maneira mais pé no chão (científica) que se possa admitir, que é o estudo de uma obra magnífica chamada 'Mergulho no Hiperespaço' de Alfredo Moacir Uchôa.
ResponderExcluirAbraço fraterno à todos e Luz no caminho.
Existem animais no mundo espiritual???
ResponderExcluirMuitas obras mediúnicas relatam a existência de animais vagando na erraticidade, mais Kardec explica em seus livros que não existem animais vagando na erraticidade, vejamos as explicações doutrinarias do codificador do Espiritismo.
No O Livro dos Espíritos questão 600 encontramos o seguinte.
600. A alma do animal, sobrevivendo ao corpo fica num estado errante como a do homem após a morte?
– FICA NUMA ESPÉCIE DE ERRATICIDADE, POIS NÃO ESTÁ UNIDA A UM CORPO. MAS NÃO É UM ESPÍRITO ERRANTE. O ESPÍRITO ERRANTE É UM SER QUE PENSA E AGE POR SUA LIVRE VONTADE: O DOS ANIMAIS NÃO TEM A MESMA FACULDADE. E a consciência de si mesmo que constitui o atributo principal do Espírito. O Espírito do animal é classificado, após a morte, pelos Espíritos incumbidos disso e utilizado quase imediatamente: NÃO DISPÕE DE TEMPO PARA SE POR EM RELAÇÃO COM OUTRAS CRIATURAS.
O Livro dos Médiuns cap Capítulo XXV
283. Evocação de animais.
36. Pode-se evocar o Espírito de um animal?
— O princípio inteligente que animava o animal fica em estado latente após a morte. Os Espíritos encarregados desse trabalho imediatamente o utilizam para animar outros seres, através dos quais continuará o processo da sua elaboração. ASSIM, NO MUNDO DOS ESPÍRITOS NÃO HÁ ESPÍRITOS ERRANTES DE ANIMAIS, MAS SOMENTE ESPÍRITOS HUMANOS. ISTO RESPONDE A VOSSA PERGUNTA.
37. Como se explica então que certas pessoas tenham evocado animais e recebido respostas?
— Evoque um rochedo e ele responderá. Há sempre uma multidão de Espíritos prontos a falar sobre tudo.
Andre Luiz mistificou falando que existe animais vagando no mundo espiritual, Kardec explica isso não existe. ASSIM, NO MUNDO DOS ESPÍRITOS NÃO HÁ ESPÍRITOS ERRANTES DE ANIMAIS, MAS SOMENTE ESPÍRITOS HUMANOS. ISTO RESPONDE A VOSSA PERGUNTA.
REVISTA ESPÍRITA, JANEIRO DE 1861, ALLAN KARDEC:
“SABE-SE QUE NÃO HÁ ESPÍRITOS DE ANIMAIS ERRANTES NO MUNDO INVISÍVEL E QUE, CONSEQÜENTEMENTE, NÃO PODE HAVER APARIÇÕES DE ANIMAIS, SALVO O CASO EM QUE UM ESPÍRITO FIZESSE SURGIR UMA APARÊNCIA DESSE GÊNERO, COM UM OBJETIVO DETERMINADO, o que não passaria, sempre, de uma aparência, e não o Espírito real de tal ou qual animal. O fato das aparições é incontestável, mas é preciso guardar-se de as ver em toda parte e de tomar como tais o jogo de certas imaginações facilmente exaltáveis, ou a visão retrospectiva das imagens estampadas no cérebro.”
Wilson Moreno na busca da verdade.
Esse texto de Kardec prova que os espiritos desencarnados não podem comer e nem beber, quando Andre Luiz fala que os espiritos podem tomar sopas e sucos de frutas na colônia Nosso Lar ele ta colocando ilusões terrenas em sua mente.
ResponderExcluirIsso é mistificação, veja o texto de Kardec.
A FOME ENTRE OS ESPÍRITOS.
Revista Espirita ANO 11 – JUNHO 1868 – Nº. 6 de Kardec
Comunicação do espírito de Bizet.
Encontrei muitos amigos cuja simpática acolhida ajudou-me poderosamente a me reconhecer; mas tive também sob os olhos o espetáculo atroz da fome entre os Espíritos. ENCONTREI NO OUTRO MUNDO NUMEROSOS DESSES INFELIZES, MORTOS NAS TORTURAS DA FOME, PROCURANDO AINDA SATISFAZER EM VÃO UMA NECESSIDADE IMAGINÁRIA, lutando uns contra os outros para arrancar um pedaço de alimento que ocultam nas mãos, se despedaçando mutuamente, e, se assim posso dizer, se devorando mutuamente; uma cena horrível, hedionda, ultrapassando tudo o que a imaginação humana pode conceber de mais desolador!...
Muitos desses infelizes me reconheceram, e seu primeiro grito foi: Pão! Foi em vão que tentei fazê-los compreender a sua situação; estavam surdos às minhas consolações. - Que coisa terrível é a morte em semelhantes condições, e como esse espetáculo é bem de natureza afazer refletir sobre o nada de certos pensamentos humanos!.. Assim, enquanto que sobre a Terra pensa-se que aqueles que partiram estão ao menos livres da tortura cruel que sofrem, percebe-se, do outro lado, que não é nada disto, e que o quadro não é menos sombrio, se bem que os autores tenham mudado de aparência.
Bizet
Nota de Kardec.
A quem não conhece a verdadeira constituição do mundo invisível, parecerá estranho que os Espíritos que, segundo eles, são seres abstratos, imateriais, indefinidos, sem corpo, sejam vítimas dos horrores da fome; mas o espanto cessa quando se sabe que esses mesmos Espíritos são seres como nós; que eles têm um corpo, fluídico é verdade, mas que não é menos da matéria; que, em deixando o seu envoltório carnal, certos Espíritos continuam a vida terrestre com as mesmas vicissitudes durante um tempo mais ou menos longo. Isto parece singular, mas isto é, e a observação nos ensina que tal é a situação dos Espíritos que viveram mais da vida material do que da vida espiritual, situação freqüentemente terrível, PORQUE A ILUSÃO DAS NECESSIDADES DA CARNE SE FAZ SENTIR, E SE TÊM TODAS AS ANGÚSTIAS DE UMA NECESSIDADE IMPOSSÍVEL DE SER SACIADA.
Allan Kardec
Revista Espirita ANO 11 – JUNHO 1868 – Nº. 6 de Kardec
Kardec explica que as necessidades da carne ou materiais que os espiritos inferiores sentem é por que eles estão apegados a matéria, não podem ser saciadas no mundo espiritual é uma necessidade impossível de ser saciada.
Vejamos as palavras de Kardec PORQUE A ILUSÃO DAS NECESSIDADES DA CARNE SE FAZ SENTIR, E SE TÊM TODAS AS ANGÚSTIAS DE UMA NECESSIDADE IMPOSSÍVEL DE SER SACIADA.
Os espiritos inferiores não podem saciar suas necessidades matérias como fome e sede por que isso são ILUSÕES da vida terrena que eles guardam em suas mentes materializadas.
Eles pensam que sentem fome e sede mais são ilusões terrenas que não podem ser saciadas no mundo espiritual.
E o espírito de Bizet se comunicando com Kardec explica o seguinte ENCONTREI NO OUTRO MUNDO NUMEROSOS DESSES INFELIZES, MORTOS NAS TORTURAS DA FOME, PROCURANDO AINDA SATISFAZER EM VÃO UMA NECESSIDADE IMAGINÁRIA, lutando uns contra os outros para arrancar um pedaço de alimento que ocultam nas mãos.
Veja bem ele diz o seguinte PROCURANDO AINDA SATISFAZER EM VÃO UMA NECESSIDADE IMAGINÁRIA.
Uma necessidade IMAGINARIA ou seja a fome ou sede que eles sentem são necessidades imaginarias são ilusões terrenas que eles guardam em seus espiritos que ainda estão apegados a matéria, portanto, eles pensam que sentem fome ou sede.
Conclusão os espiritos desencarnados não podem comer e nem beber no mundo espiritual, isso são ilusões da vida terrena, Andre Luiz quando fala que os espiritos podem comer, beber, tomar sucos de frutas e sopas isso é uma mistificação isso não existe.
Wilson Moreno
Deus não modifica as Suas Leis Naturais.A gravidade é a principal pois é a que mantém o equilíbrio dos corpos celestes em proporção direta às suas massas e contrabalanceada pela força centrífuga do movimento circular das órbitas em torno de sóis e planetas que possuem satélites, como a Lua. A força grvitacional atrai também a sutil massa do perispírito, visto que primitivo, tem mais desta massa. Evoluído tem menos massa na proporção de sua elevação moral. Por isso, impossível aglomerações de matéria quintessenciada ou não em posições estáveis em meio ao espaço aleatoriamente. Não teria estabilidade a não ser que girasse na proporção de sua massa em torno do planeta e não fixa em um ponto definido. "Cairia" de volta atraído pela massa do planeta. Certo está o que diz a questão 87 e a 1011: são planetas estéreis de vida material, em concordância com a massa relativa do perispírito onde em espírito nos reunimos temporariamente. Assim Espíritos Puros livres de toda a matéria grosseira podem finalmente ir a qualquer ponto do infinito livres qualquer atração gravitacional. Deus não revoga suas Leis e não cria condições especias por ser Justo e Amoroso. Todo o conhecimento científico deriva do que existe da Criação Divina. Nós, humanos só descobrimos e manipulamos com nosso livre-arbítrio. Não há separação entre Deus e ciência humana.
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